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28/09/2011 Jornal da Girls Butterflay
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O delegado Felipe Ettore, da Divisão de Homicídios (DH), afirmou nesta terça-feira (27) que o ex-comandante do 7º BPM (São Gonçalo), tenente-coronel Cláudio Luís de Oliveira, foi o mentor intelectual do assassinato da juíza Patricia Acioli, morta com 21 tiros no dia 11 de agosto após encerrar expediente na Vara Criminal de São Gonçalo, município da região metropolitana do Rio de Janeiro.

Segundo o delegado, o policial militar -que foi exonerado do cargo de comandante do 22º BPM (Maré)- sabia que a magistrada poderia expedir a qualquer momento uma ordem de prisão contra ele, que era investigado por corrupção e autos de resistência forjados (supostas mortes em confrontos com a PM). Oliveira presta depoimento na tarde desta terça-feira (27) na Divisão de Homicídios, na Barra, zona oeste. Na chegada à delegacia, o acusado alegou inocência.

"A juíza Patrícia Acioli estava no encalço do coronel Cláudio. Há indícios de que ela gostaria de prendê-lo e ele acabou lançando mão desse artifício para impedir isso. Nós concluímos que ele encomendou aos subordinados o assassinato da juíza para evitar uma ordem de prisão que sairia mais cedo ou mais tarde", disse Ettore, que participou de uma coletiva promovida pelo Tribunal de Justiça, na sede do órgão.

 

De acordo com o delegado da DH, o ex-comandante do 7º BPM e todos os seus subordinados do GAT (Grupamento de Ações Táticos) receberam mandados de prisão preventiva. No entanto, Ettore deixou claro que a investigação ainda não terminou e podem existir mais policiais envolvidos. "Nós estamos perto de concluir as investigações, a maioria dos envolvidos foi presa e indiciada. Mas outras pessoas ainda estão sendo ouvidas", afirmou.

A ordem dada pelo tenente-coronel para assassinar Patrícia Acioli foi descoberta a partir de informações fornecidas por um dos cabos envolvidos no crime, cuja identidade não foi revelada. Ele optou por detalhar o planejamento da morte da magistrada em troca de uma possível redução de pena, segundo o delegado da DH.

"A partir da delação premiada, desvendou-se essa trama macabra. Não há indícios de que o cabo tenha falado por ter sido ameaçado, ele simplesmente fez uso do direito à delação premiada", explicou Ettore.

De acordo com o presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Manoel Alberto Rebêlo dos Santos, o cabo que ajudou a elucidar o planejamento do crime se mostrava "propenso a falar" desde o início das investigações. "Ele estava emocionalmente abalado", afirmou o desembargador.

Rebêlo também elogiou o trabalho da polícia e fez um desabafo em relação às críticas de que ele não teria se empenhado para reforçar a escolta policial de Patrícia Acioli.

"É importante ressaltar que a polícia conseguiu chegar aos mandantes do crime, algo que raramente se vê no Brasil. Durante esse período de investigação, eu sofri várias acusações absurdas, mas fiquei calado para não atrapalhar as investigações. [...] Fui acusado injustamente de omissão. Não foram poucas as noites que eu não dormi e que eu não chorei", afirmou.

O presidente da Amaerj (Associação de Magistrados do Estado Rio de Janeiro), Antônio César de Siqueira, também demonstrou satisfação com o resultado parcial das investigações, mas lamentou que as provas técnicas indiquem a culpabilidade de um ex-comandante da Polícia Militar.

"Este era um crime sem testemunha, no qual as pessoas estavam de capacete. Mesmo assim, este crime foi elucidado com provas técnicas e devemos parabenizar a Polícia Civil pelo trabalho. No entanto, nós lamentamos que pessoas que ocupem determinados cargos, a exemplo de um comandante de um batalhão da Polícia Militar, façam parte desse tipo de crime", disse.

 

Comandante eficiente

O secretário estadual de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, também participou da coletiva, mas adotou um discurso cauteloso para não atrapalhar a investigação em curso. Questionado sobre a transferência de Cláudio Oliveira (que já era investigado por Patrícia Acioli) do 7º BPM para o 22º BPM, Beltrame afirmou se tratar de um procedimento de rotina da Polícia Militar.

"Ele fez parte de uma troca que envolveu vários batalhões. Não existia suspeita, até porque ele vinha fazendo um bom trabalho no 7º BPM, que ficou em segundo lugar entre todos os batalhões no critério redução de criminalidade. Ele acabou sendo remanejado, assim como vários outros. Mas os resultados objetivos e práticos vinham sendo favoráveis", explicou.

De acordo com o secretário, o tenente-coronel também estava realizando um trabalho eficiente no comando do 22º BPM (Maré), que teria registrado um maior número de prisões e redução em alguns índices de criminalidade.

Segundo Beltrame, a transferência de Oliveira -que ainda integra o quadro da corporação- para o presídio Bangu 8, no complexo penitenciarário de Gericinó, em Bangu, na zona oeste, é uma determinação que consta na medida judicial da Vara Criminal de Niterói.

O secretário afirmou que ainda fará um estudo jurídico para checar a possibilidade de que os policiais que participaram do assassinato de Patrícia Acioli sejam transferidos para prisões de segurança máxima de outros Estados, conforme sugeriu o presidente do Tribunal de Justiça.

Entenda o caso

Cláudio Luís de Oliveira foi detido e exonerado do cargo que ocupava atualmente --o comando do 22º BPM (Maré)-- depois que a 3ª Vara Criminal de Niterói expediu a ordem de prisão na noite de segunda-feira (26). Oliveira será transferido para Bangu 8, no complexo penitenciário de Gericinó, em Bangu, na zona oeste fluminense. O ex-tenente-coronel presta depoimento hoje na Divisão de Homicídios. Ao chegar ao local, ele negou envolvimento no crime.

Outros seis PMs acusados de participação no assassinato da magistrada --dos quais cinco estão presos-- também serão encaminhados para Bangu 8, de acordo com a Corregedoria. Cinco policiais estão lotados no GAT (Grupamento de Ações Táticas) do 7º BPM e são acusados pelo assassinato de Diego Beliene, 18. O jovem foi morto no Morro do Salgueiro, em São Gonçalo, município da região metropolitana do Estado, em um caso de falso auto de resistência. O sexto PM, lotado no 12º BPM (Niterói), ainda não foi localizado.

O assassinato de Diego Beliene --que ocorreu em junho de 2010-- era investigado pela juíza Patricia Acioli, ex-titular da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, que algumas horas antes de morrer expediu três mandados de prisão contra o tenente Daniel Benitez Lopez e os cabos Jefferson de Araújo Miranda e Sérgio Costa Junior (que também eram comandados por Cláudio Oliveira no 7º BPM).

A investigação da Divisão de Homicídios apontou que os três foram os responsáveis pelos 21 disparos que mataram a magistrada. Eles estão presos em unidades diferentes da Polícia Civil após serem transferidos, na semana passada, da Unidade Prisional da PM, em Benfica, na zona norte.

Cláudio Luiz de Oliveira está na Polícia Militar do Rio há 26 anos e já foi membro da divisão de elite da corporação, o Batalhão de Operações Especiais. Além do 7º BPM e do Bope, o tenente-coronel já passou pelo 16º BPM (Olaria) e 9º BPM (Rocha Miranda).

 

Comentários:


Mais uma vez, ficou provado que a polícia quando quer desvenda quais crimes. Bem feito para estes policiais envolvidos na morte da Juiza Patrícia Acioli. Se eles continuassem matando pessoas comuns, não lhes aconteceria nada. Imagina-se, quantos seres humanos sofreram a mesma barbaridade que esta Juiza e que nem registro policial tem. Não dou parabens à policia. Não dou parabens ao secretário de Segurança. . Exijo sim que tenham mesmo procedimento com quaisquer outros casos.



GOSTARIA DE SUGERIR AOS NOSSOS LEGISLADORES, QUE VOTASSEM UM DISPOSITIVO LEGAL, QUE APLICASSE PENA EM DÔBRO, PARA TODOS OS CRIMINOSOS QUE SÃO PAGOS PELO DINHEIRO DA POPULAÇÃO, PARA ZELAREM PELA SEGURANÇA E INTEERÊSSE DA POPULAÇÃO CIVIL!


PARECE INACREDITÁVEL, MAS É VERDADE! AQUILO QUE NUNCA HAVIA ACONTECIDO ANTES, COMEÇA A SE TORNAR REALIDADE NO BRASIL, GRAÇAS A DEUS! OS BANDIDOS SENDO PRESOS E CONDENADOS, NÃO IMPORTANDO SUA GRADUAÇÃO OU PATENTE!


Se de cada 10 pessoas, 8 fossem como a Patricia Acioli, Nosso pais estaria bem melhor. É Revoltante saber que há policiais envolvido nesse crime, cuja vitima é uma pessoa da Lei, da Justiça,Digna e que de certa forma, estava buscando a todo custo fazer justiça. e o pior de tudo é que mesmo comprovado o envolvimento desse Ex Policial, ele tem direito, conforme lei, a sua defesa!!!!


Eles simplesmente pensavam e viam a impunidade na justiça e desejaram um parte pra eles, e só estão presos pq usaram armas erradas caso contrario, ainda estavam a procura.


eu gostaria de vê alguém provar a sociedade que esse cara tenente perdeu o salario eles apenas ficam afastado quando a sociedade esquece o mesmo bandido volta as suas função isso e revoltante os políticos nada faz para mudar essa triste realidades


oque me deixa mais triste e que as autoridades so resolve o problema quando se trata de uma pessoa de alto poder se force um coitado daria em nada esse bandido tenente perde o cargo mais continua recebendo um bom salario pago por todos nos cidadão de bem

A eficiência do tenente-coronel à frente do 22º BPM está estampada na primeira página do Globo de hoje. UPA da maré fechada a pedido do Batalhão. qual o motivo? escondder os autos de resistência? e o índice de criminalidade de São Gonçalo fi reduzido com qual índice de aumento de autos de resitência? Parabéns à Polícia Civil pelo trabalho. já não posso dizer o mesmo do TJRJ. a falta de escolta da magistrada levou à sua execução e vem o Presidente da Corte falar que não dormiu? Me poupe!

 

Parabens aos bons policiais e aos juizes de Niteroi. Chega de impunidade. A Lei tem que ser para todos e não importa se é simples cidadão ou um policial ou um oficial graduado. Tenho certeza que a vida e a conduta exemplar da Juiza Patricia Acioli será honrada com a prisão desses facinoras. Tomará Deus, ainda veremos tambem, os politicos canalhas e corruptos deste Pais serem presos pelos seus atos obscuros. Ainda chegaremos lá!